Montar sistemas com gabinetes compactos nem sempre é uma mera questão estética. As vezes é uma necessidade. Seja para ocupar menos espaço no ambiente de trabalho, se mesclar ao design do interior da sala ou mesmo para ficar escondido, a montagem de computadores compactos possui várias opções interessantes disponíveis no mercado.
Dentre entras opções temos diferentes modelos e formatos de gabinetes, Placas-Mãe e fontes de alimentação. Hoje vamos falar um pouco de dois padrões em específico. O padrão Mini ITX e o padrão Micro ATX, conhecer suas principais características e descobrir qual a melhor opção na hora de montar o PC.
Um pouco da história do padrão ATX
O padrão ATX foi desenvolvido pela Intel e introduzido juntamente com os primeiros computadores equipados com processadores Pentium II.
Uma das principais novidades foi o painel traseiro, que concentra os conectores do teclado, mouse, porta serial, portas USB e também os conectores do vídeo, som e rede onboard, todos próximos um dos outros.
Existem três tamanhos de placas ATX. As placas ATX tradicionais, também chamadas de Full ATX com as dimensões de 30.5 x 24.4 cm. Em seguida temos o padrão Mini ATX, onde a placa é um pouco menor e mais estreita, medindo 28.4 x 20.8 cm e o padrão Micro ATX, o formato mais comum, usado nas placas de baixo custo, com apenas 24.4 x 24.4 cm.
Os três modelos de padrão ATX podem ser instalados em qualquer gabinete ATX, pois possuem as mesmas furações para parafusos, assim como o mesmo alinhamento do painel traseiro, também chamado de espelho I/O.
Existe ainda o formato Flex ATX, um formato miniaturizado, embora menos popular onde a placa mede apenas 22.9 x 19.1 cm. Este formato foi introduzido pela Intel em 1999, para o desenvolvimento de computadores compactos e de baixo custo.
Um pouco da história do padrão Mini ITX
O formato Mini ITX foi o padrão de placas mãe, originalmente desenvolvido pela VIA Technologies, fabricante de chipsets para Placas-Mãe, com a característica de se cerca de 40% menor que as placas Mini-ATX e menos da metade do espaço ocupado pelas placas full ATX no gabinete.
Foi desenvolvido como um padrão aberto, com o propósito de servir de incentivo a outros fabricantes para que produzissem gabinetes e Placas-Mãe sem o pagamento de royalties. O objetivo da Via é convencer o fabricantes a produzirem este tipo de placa mãe para poder vender seus processadores C3 na época.
A ideia inicial era permitir a criação de modelos de gabinetes ainda mais compactos e ao mesmo tempo permitir aos integradores de PC montar sistemas silenciosos, sem a necessidade de cooler ativos (ventoinha) no processador, uma vez que seus processadores C3 podiam operar sem cooler a uma frequência de 800MHz e sem a ventoinha da fonte de alimentação.
Algumas Placas-Mãe de padrão Mini ITX podem medir 21,5 cm 19,1 cm e geralmente possuem tudo on-board (ou seja, vídeo, áudio, modem e rede na própria placa-mãe), dispensando a instalação de novos periféricos.
Qual padrão escolher?
O padrão Micro ATX é mais popular. Isso significa que há no mercado um maior número de Placa-Mãe e Gabinetes disponíveis no mercado. Além disso o formato é compatível com todos os gabinetes ATX, o que aumenta sua compatibilidade.
Apesar de pequeno, há também uma série de soluções térmicas de baixo perfil para uso específico em sistemas montados neste padrão, o que permite montar sistemas inclusive para jogos ou aplicações onde há a necessidade de mais recursos de processamento.
Já o padrão Mini ITX tem como principal proposta, abrigar sistemas compactos que não requerem soluções térmicas avançadas e que sejam em sua grande maioria sistemas silenciosos.
São ideais para a montagem atrás do monitor através da furação VESA, tornando-os ocultos. Perfeitos para ambientes corporativos ou como estações de trabalho que operem com aplicações mais simples como processadores de texto, internet e aplicativos diversos.
Resumindo, se você que um computador potente, com capacidade para receber futuros upgrades, mas que seja o mais compacto possível considerando as limitações térmicas, sua escolha sem dúvida deverá ser o padrão Micro ATX.
Porém, se deseja criar um centro de multimídia, estações de trabalho ou computadores para abrigar pequenos sistemas de modo a ocupar o menor espaço possível sem visar futuros upgrades, sua escolha será os gabinetes no padrão Mini ITX.
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