Os fanáticos por computadores que utilizam equipamentos de alto desempenho, com certeza, já perceberam que o superaquecimento é um problema comum nesses dispositivos. A elevação da temperatura dos micros muitas vezes ocorre em função das limitações dos sistemas de refrigeração, o que pode causar grandes problemas para o hardware.
Um dos sistemas que vem obtendo maior aceitação entre esse perfil de usuário é o water cooler, que permite que processadores e outros componentes operem em um nível superior de desempenho. Quer saber mais sobre como funciona o water cooler e se ele é adequado para você? Acompanhe nosso artigo!
Física simples
O ar não é um dos melhores condutores de calor. A água, por exemplo, tem uma condutividade térmica mais de 20 vezes maior que ele. Portanto, não é de se estranhar que os tradicionais air coolers — sistemas instalados em grande parte dos micros e que utilizam o ar para resfriamento — apresentem algumas deficiências na hora de operar junto às máquinas mais avançadas.
Suprindo a carência
O water cooler usa o mesmo princípio de um radiador de carro. Ele opera em um sistema fechado, onde uma bomba faz a água circular. Após passar pelo processador por meio de uma peça chamada water block, a água troca calor com a peça, se aquece e, em seguida, é transportada ao radiador interno ou externo, onde é então resfriada com o auxílio de uma ventoinha. Esse processo é repetido continuamente enquanto o usuário utiliza a máquina.
É importante lembrar que, assim como nos carros, a água utilizada nos water coolers não é pura, contendo alguns aditivos com finalidades específicas. Alguns servem para reduzir a condutividade do líquido, por exemplo, enquanto outros servem para fazer a água brilhar quando exposta à luz ultravioleta (aspecto valorizado entre os usuários que modificam a estética de seus computadores).
Para quem é útil
O water cooler é o sistema mais popular entre os usuários que fazem o overclocking, ou seja, o processo de forçar o processador a rodar com desempenho maior que aquele especificado pelo fabricante. Ainda que interessante no ponto de vista do desempenho, o overclocking pode trazer problemas para o hardware, pois os componentes do micro possuem um limite de resistência a tensão elétrica e temperatura.
Em alguns casos, um sistema como esses pode reduzir a temperatura do processador em mais de 10 graus, o que permite que os usuários possam usar essa técnica com mais tranquilidade.
Ainda que o foco principal do water cooler seja o processador, o sistema também pode ser usado para refrigerar outras partes de um micro, como a placa-mãe, a placa de vídeo ou o disco rígido.
Ainda que sistemas como esses apresentem risco de vazamento (especialmente quando são mal montados) e custos bem maiores em relação aos air coolers, eles são a opção ideal para os usuários que querem turbinar o desempenho de seu hardware sem ter que se preocupar com a segurança.
E então, entendeu um pouco mais sobre como funciona o water cooler? Se você ficou com alguma dúvida ou tem alguma sugestão, deixe o seu comentário!