Com o preço e a tamanha utilidade os pendrives, não é surpresa alguma que quase todo mundo carregue um na mochila, hoje em dia. Mas para um aparelho que é parte tão constante da nossa rotina no mundo digital, é surpreendente o quão pouco as pessoas entendem sobre ele e sobre o seu funcionamento. Hoje o WAZx vai te explicar tudo, aproveitando para responder o eterno dilema: Preciso mesmo ejetar meu pendrive?
Como um pendrive funciona?
O pendrive é simplesmente um chip de memória flash (o mesmo tipo utilizado em cartões de memória e nas placas de celulares e tablets) com uma interface USB. Ao conectá-lo na porta do seu computador, microcontroladores na placa do pendrive começam uma “conversa” com a placa-mãe da sua máquina. De forma genérica, eles explicam que são um dispositivo de armazenamento, e pedem que o computador então possa acessar seu conteúdo, lendo ou escrevendo nele. Feita essa “negociação” o pendrive aparece no seu gerenciador de arquivos, como se fosse um novo HD.
A peça do pendrive que armazena os seus arquivos, a memória flash, possui um número gigantesco de transístores. Através da manipulação da corrente elétrica que corre por estes transístores, eles ficam com uma carga positiva (com menos elétrons) ou negativa (com mais elétrons). Esta sequência de positivos e negativos é interpretada pela máquina como o famoso código binário.
Ou seja, toda vez que você grava ou lê um arquivo, seu computador envia uma série gigantesca de pulsos elétricos minúsculos pela conexão USB. Eles então são interpretados pelo chip e guardados na memória ou entregues ao computador. E esta é a chave para entender o “ejetar pendrive”.
Os problemas em puxar o pendrive direto
Sempre que o pendrive está em operação, gravando ou lendo, há uma corrente elétrica passando pelos seus terminais. Se você remove o pendrive fisicamente da porta, esta corrente pode acabar indo parar onde não deve, e queimando o pendrive. Isto é bastante raro, já que as tensões e correntes envolvidas são baixas.
O que causa a maioria dos problemas e perdas de dados é que no começo e no final de toda operação de leitura, os dispositivos avisam um para o outro que estão iniciando ou finalizando a operação, e que aquele arquivo está pronto. Se esta comunicação não acontece, aquele dado que estava sendo gravado será corrompido, e não pode ser recuperado. E este erro pode acontecer em áreas críticas do sistema de armazenamento, fazendo com que todos os dados do pendrive sejam danificados.
Ejetar ou não ejetar? Eis a questão
A resposta curta é: Sim. Sempre que possível, use esta opção. Quando você dá esta ordem ao computador, ele corta o fornecimento de energia em um momento apropriado, garantindo que nenhum dado será perdido.
A resposta mais longa é: Depende. Na teoria você pode remover o pendrive se no momento ele não estiver lendo ou gravando nada. O problema é que pode haver algum processo em segundo plano acessando seu disco sem que você saiba. E a sua interrupção pode causar problemas. Um fator que salva os apressadinhos de plantão, mesmo sem que eles saibam, é que os sistemas operacionais mais modernos contam com protocolos para que isso aconteça. Então se a sua máquina não é muita antiga e você não está usando o pendrive na hora de removê-lo, provavelmente não terá problemas. Provavelmente. A maneira 100% segura ainda é usar a função de ejeção.
Você tem mania de remover os seus pendrives sem usar o “ejetar”? Já perdeu seus dados? Conte para a gente, nos comentários!