Em 2016, o Governo brasileiro firmou um acordo com a McKinsey & Company Brasil, para desenvolver estudos de implementação da “Internet das Coisas” no Brasil.
A sigla IoT – Internet of Things, ou “Internet das Coisas”, está cada vez mais presente no cenário de TI, com uma previsão otimista para 20,4 bilhões de dispositivos conectados à web, até o ano 2020.
Esta estimativa tende a crescer ainda mais, conforme novos dispositivos vão sendo inseridos no mercado.
Computação em Nuvem, dispositivos vestíveis ou móveis, Big Data, tecnologias para sistemas de veículos autômatos, tudo isso tem haver com a “internet das coisas”.
Na prática, qualquer objeto que possua tecnologia empregada, que se conecta à internet e consiga se comunicar, interagir ou detectar o ambiente e as coisas ao seu redor, está relacionada à “internet das coisas”.
Dito isto, é inevitável que algumas tendências tornem-se muito presentes neste ano de 2018:
1 – Todo dispositivo será uma plataforma de marketing
Pense no seu smartphone, tablet ou smartv. Sem que você tenha se dado conta, todos estes dispositivos estão conectados a internet, sabem da sua geolocalização, acompanham as páginas da web que você visita e conhece bem os produtos que você tem maior interesse.
E é por isto que o rastreamento destas atividades cotidianas é utilizado por diversas empresas para personalizar a experiência de seus clientes durantes suas compras, viagens, restaurantes e quaisquer outros assuntos de maior interesse, oferecendo a você diversas ofertas de consumo.
Uma vez que tudo está conectado à internet, qualquer dispositivo pode e será utilizado como plataforma de marketing.
2 – Aumento na conectividade entre dispositivos
Empresas especializadas em consultoria, afirmam que as operações estratégicas da indústria de tecnologia, estará voltada para a conectividade entre seus dispositivos.
Este cenário cresce rapidamente e temos visto um aumento considerável de dispositivos móveis no dia-a-dia, do uso de sensores de movimento e/ou detecção de presença, de localizadores e de outros recursos inteligentes, com a finalidade de elevar a produção, aumentar a competitividade entre fabricantes, as estratégias de marketing e ofertar preços mais competitivos.
3 – Avanço nas tecnologias de segurança
Uma vez que mais dispositivos estão conectados à internet, mais a vulnerabilidade destes na rede será explorada por cibercriminosos. E este é um problema critico, pois os dados pessoais de usuários de todo o mundo trafegam na web.
Não trata-se apenas de uma questão de segurança para operações bancárias ou privacidade de dados pessoais. Trata-se de segurança e da vida das pessoas.
Imagine um carro autônomo sendo hackeado e oferecendo risco de vida a pedestres e para outros motoristas. Ou um problema diplomático entre países, vindo a partir de algo publicado por um veículo oficial do governo, contendo informações sigilosas.
Apesar de parecer um pouco fantasioso, são situações reais, onde é requerido um maior empenho no desenvolvimento de criptografias de segurança, capazes de evitar ou reduzir ataques hacker, que estão se tornando cada vez mais frequentes.
4 – Caminharemos para a dependência do Big Data Analytics
O grande benefício da “internet das coisas” é o compartilhamento dinâmico de dados entre os dispositivos capazes interagir ou detectar o ambiente e as coisas ao seu redor, analisando toda esta informação para alguma aplicação estratégica.
Este imenso conjunto de dados faz parte do Big Data, que analisa e aprende com as informações trafegadas e as aplica em diversos segmentos da indústria, tornando-se fundamental para a criação de dispositivos inteligentes.
Segundo os especialistas, esta maneira com que a “máquina” aprende, a fim de gerar informações analíticas sob demanda, aumentará cerca de 75% ainda este ano, com implementações a nível global. Mais empresas irão demandar análises estatísticas para a gestão de seus modelos de negócios.
Isto significa mais dispositivos inteligentes e maior dependência de serviços de análise de dados.
5 – Novas tecnologias de transmissão de dados
Quem se lembra do acesso discado à internet a “incríveis” 56Kbps? Já se imaginou assistir a um vídeo no YouTube no seu smartphone com uma tecnologia analógica como esta, nos dias atuais? Impossível, não é mesmo!?
Quais mais dispositivos conectados à internet, maior é a demanda por banda de transmissão e melhores serão os protocolos de dados, a fim de melhorar a conectividade e o fluxo de dados.
Redução nos custos e melhorias dos serviços serão o foco das fabricantes de hardware e para prestadores de serviços de internet. Além disto, novas tecnologias de transmissão de dados como redes 5G e LPWAN começarão a ser implantadas para atingir as metas de qualidade e fornecimento de serviços.