[Blog] Dell Studio Hybrid 140G

Olá visitante. Já adianto: desta vez, a blogada é gigante. Nela, você vai conhecer não somente o Studio Hybrid da Dell, mas também como foi o processo de compra, a entrega, uso, o suporte oferecido e uma pequena customização. Uma coisa eu te garanto: vale a pena ler tudo e você pode se surpreender em ver como o trato ao cliente Dell fica a desejar.

 

Introdução

O Studio Hybrid, fabricado e vendido pela Dell, é um computador desktop que utiliza componentes destinados aos notebooks (pelo menos para a parte do “gabinete”). Com este conceito, o resultado final é um sistema compacto, belo e com baixo consumo de energia. Claro, o ponto negativo neste caso é o custo, bem mais elevado que o de computadores desktop com gabinetes torre, como o Dell Inspiron 530, e até de alguns notebooks (afinal, o Studio Hybrid tem “estilo” e isso tem um custo).

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Em termos de upgrade o Hybrid não é um desastre: memória e disco rígido são os itens mais visados e mais fáceis (incluindo aí a placa de rede sem fio), mas outros componentes também podem ser alterados (como o processador e o drive óptico). Mas, novamente, o custo é mais elevado que o do desktop padrão.

 

A Compra

Quando fui fazer o pedido deste produto, vi que no site da Dell o Studio Hybrid estava disponível em três pacotes, com preços diferentes e até os upgrades disponíveis chegam a variar de versão para versão. Partindo do modelo mais básico (melhor escolha depois de muito pesquisar), não tive outra opção além do Windows Vista Home Premium ou Ultimate. Escolhi o Ultimate para poder ter direito ao downgrade para o Windows XP Professional.

Partindo para as opções de cores externas, dentre as 6 opções (que o usuário pode alterar no futuro comprando uma capa com cor diferente), há uma sétima que é o acabamento em Bambu e custava R$233 adicionais (escolhida).

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Na seção de memória está um dos itens mais inacreditáveis em termos de custo abusivo e um dos motivos pelo qual o cliente deve pesquisar muito antes de fazer qualquer upgrade em um Dell na hora da compra pelo site ou por telefone.

Poucos dias depois de eu ter feito o pedido (com 2GB, originais), pesquisei novamente e vi que a Dell oferecia o modelo básico com 3GB (2GB + 1GB) instalados e a opção de upgrade para 4GB (2GB + 2GB). Para fazer este upgrade, a Dell estava cobrando R$1.360,00. Isso mesmo: Hum mil, trezentos e sessenta reais por 1GB de memória RAM.

Dell e o absurdo custo do Upgrade de memória RAM

Para se ter uma idéia do abuso, a Dell dos EUA cobrava na mesma época $35 neste upgrade e um kit de DDR2 667MHz de 4GB (2 x 2GB) custava menos de R$ 350,00 na WAZ.

Em termos de processador, pude escolher um Intel Celeron Dual-Core T1400, um Pentium Dual-Core T2390 ou um Core 2 Duo T5850 (2,16GHz / 667MHz / 2MB – escolhido) O modelo de Core 2 Duo mais top oferecido no Studio Hybrid (T8300 – 2,4GHz / 800MHz / 3MB) não estava disponível na versão mais barata.

Em termos de disco rígido temos o básico de 250GB e o upgrade para um de 320GB (que nao me interessava), ambos de 5.400rpm. O drive óptico, um gravador de CD e DVD (minha escolha), pode ser trocado por um drive que é também capaz de ler mídias Blu-ray.

O Studio Hybrid básico não tem monitor incluso e a Dell estava oferecendo duas opções de LCD de 19″ (mas eu preferi comprar um Samsung 943BWX, muito mais barato e com melhor conjunto do que os oferecidos pela Dell). Um teclado (em português) e um mouse (óptico com dois botões e scroll vertical) fazem parte do pacote assim como uma plaquinha de rede sem fio Dell 1505 (Draft N). A rede integrada é uma reles Ethernet 10/100.

Em alguns raras ocasiões, o usuário pode conseguir um bom negócio, como o pacote de aplicativos Office 2007 da Microsoft, versão Home and Student, que estava por R$154,00 (aproveitei essa).

Promoção do Office 2007 na Dell

O usuário pode ainda incluir pacotes de instalação do Studio Hybrid (até parece que Gizmo precisa né), elevar o tempo de garantia (nem…) e até escolher uma garantia adicional contra derramamento de líquido, quedas e colisões (sem o contrato na mão, não confiei no que o atendente garantia).

Nos finalmentes, é uma notícia ruim saber que a Dell do Brasil não oferece dezenas de opções para o Studio Hybrid que a Dell dos Estados Unidos oferecia como: duas opções de acabamento (couro preto ou couro marrom) (veja tópico “Conclusão”), acabamentos opcionais (para o usuário trocar no futuro), processadores Core 2 Duo até o modelo T9500 (2,6GHz / 800MHz / 6MB), rede Gigabit integrada (veja tópico “Em Ação”), vários kits de teclados e mouse, receptores de tv e controle remoto, mais opções de caixas de som e outros itens (como pacotes de músicas, softwares diversos e filmes).

Além disso, a Dell EUA oferece, em diversos componentes e acessórios, a opção de não adquirí-los, coisa que a Dell do Brasil fica devendo e deveria começar a aplicar imediatamente até no sistema operacional (sinto muito, mas Windows Vista não cola). O custo dos upgrades é outro item que a Dell do Brasil deve rever. Mais de mil reais por 1GB de memória RAM é o cúmulo. É chamar um cliente de otário.

Mais uma falha grosseira? Não divulgar os termos (por completo) de suas garantias oferecidas e as especificações técnicas do computador e dos componentes adicionais (upgrades), além de fotos (é dose não poder ver como é um equipamento adicional). E tudo isso antes da compra.

Os termos da Dell para a compra são ridículos e na minha opinião, lesam o consumidor:

“Preços e condições serão válidos desde que não haja mudança, até a data de emissão da nota fiscal (e quando é feita a emissão Dell? Não dava pra informar?), da carga tributária, de preços de insumos, da cotação PTAX/BACEN do dólar norte-americano da data de conclusão do pedido, superior a 3% para insumos importados, ou outros fatores fora do controle da Dell.”

“Em até 3 dias úteis contados do recebimento do pedido de compra on-line pela Dell, o cliente receberá um e-mail confirmando as condições de seu pedido. A Dell se reserva o direito de rever/corrigir o preço e as demais condições do negócio, comunicando ao cliente essa retificação”. Peraí: eu faço o pedido e a Dell ainda demora 3 dias para confirmar se o preço vai subir ou não? Conta outra.

Para finalizar essa parte de Compras, é patético e inaceitável o tempo de entrega de um Studio Hybrid comprado na Dell do Brasil. Ao fazer o pedido, no email de confirmação o usuário verá (lá embaixo) o seguinte texto: “O PRAZO médio de ENTREGA para produtos Dell de fabricação nacional será de 10 (dez) dias úteis, e para produtos Dell importados de 25 (vinte e cinco) dias úteis.”

Veja abaixo: um pedido feito no dia 13/11 tem data estimada de remessa para o dia 27/11 e a entrega estimada para dia 3 a 8 de dezembro. Praticamente um mês para receber um computador.

“Tu tá me zuando, Dell?”

Clique para ampliar Dados de identificação do cliente e do pedido foram apagados.

02/12 (Manhã): Hoje fui olhar novamente se o Studio Hybrid já tinha sido despachado, e nada mudou. Então liguei pra Dell e fui informado que “devido a um problema na rebimboca da parafuseta do coxim esquerdo da roda do barco que trazia os componentes do computador”, o meu pedido que ia sair dia 27/11, sairá hoje da Dell.

02/12 (Noite): Recebi uma ligação da Dell informando que, “devido às adversidades metereológicas (tava fazendo muito sol), a fábrica da Dell que fica no nordeste foi alagada” e por isso meu pedido sairá da fábrica no dia 05 (sexta-feira) chegando em até três dias em minha casa.

04/12 (Manhã): Um e-mail da Dell chegou até minha caixa de entrada. O meu pedido foi enviado ontem, dia 03/12 (Aêêêêê… Viva… Milagre…). Que rodeação é essa hein.

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Dose é o tempo de entrega previsto: 6 a 9 dias. Será que a Dell conhece um sistema chamado Sedex? (Veja mais detalhes aqui, Dell). Dai-me esta opção…

Resumo: o site da Dell demora demais para atualizar informações sobre o seu pedido e a Dell não se importa muito em informar o cliente corretamente sobre possíveis atrasos. Se tiver atrasos, o problema é do cliente e pronto. Será que a Dell vai ficar feliz quando eu começar a atrasar os pagamentos? Acho que ela não vai se importar, não é?

06/12 (Manhã): Hoje, às 8:45 eu recebi um telefonema da Transportadora Americana informando que a entrega do meu pedido junto à Dell será feita dia 09. Detalhe: dia 06/12 é sábado. Será que esse pessoal não se manca em ligar mais tarde um pouco para um cliente? Putz, tava dormindo né…

10/12 (Manhã): Não chegou ontem como previsto, mas pelo menos chegou hoje de manhã (pouco depois das 9hs).

 

Recebendo, Conferindo o Conteúdo e o Studio Hybrid

Finalmente a transportadora chegou com o Studio Hybrid ao meu esconderijo. Duas caixas, uma pequena e uma mediana trazendo todo o meu pedido junto com a nota fiscal (por sinal, uma grande nota fiscal, pelo menos fisicamente).

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A caixa pequena se refere aos alto falantes (um sistema estéreo – 2.0). Na cor preta, há uma conexão USB (para energia) e o conector de 3,5mm para ligar ao Hybrid. No topo há um botão giratório que liga a caixa e controla o volume. Cada caixa tem um driver na parte central, sendo que a principal tem mais acima do driver uma iluminação branca (que indica que o sistema está ligado).

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A caixa mediana contém o básico que vem em todo Studio Hybrid (como o Hybrid, teclado, mouse e os acessórios). O teclado me agradou bastante por ter um perfil relativamente baixo (em comparação com algumas aberrações com elevada altura e teclas gigantes que a Dell já fez). Com interface USB e layout em português, teclas extras no topo complementam o diferencial. O mouse não é dos mais belos, mas é o básico que funciona e tem ergonomia para destros e canhotos. Tem também sensor óptico, dois botões + botão do scroll (vertical) e interface USB.

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No kit de acessórios temos: um adaptador de energia (entrada bivolt automática e com cinta para prender o cabo) e seu cabo (com dois pinos por sinal), a base do Hybrid (que permite instalação vertical e horizontal), um clipe para prender os cabos e um cabo de energia (três pinos, parece ser para o monitor mas eu não pedi um).

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Em termos de papel e mídia temos: um guia de informações de garantia e suporte, um guia de informações de segurança, meio ambiente e normalização, o manual do usuário e as mídias: Dell Drivers and Utilities (DVD), Dell Application (CD), Roxio Creator DE 10.2, Dell System Recovery (caso o usuário precise instalar o sistema operacional novamente – DVD) e como um opcional que pedi, a mídia do Office 2007 com o selo COA.

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Agora sim, vamos dar uma olhada no Dell Studio Hybrid 140G. São mais ou menos 2kg distribuídos por 21,15cm profundidade, 7,15cm de largura e 19,65cm de altura (22,4cm com a base). O acabamento de bamboo é uma beleza, mas se o usuário quiser, pode retirá-lo e manter o visual na cor cinza.

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Aliás, retirando a capa de bambu é possível ver o selo COA do Windows. Uma pena a Dell do Brasil não vender as capas opcionais, assim como faz a Dell dos EUA. Lembre-se que o logo da Dell na lateral do Hybrid tem iluminação branca (quando o sistema está ligado, mas não é visível com a capa de bambu). Como a base é “duas em uma”, o usuário pode instalar o Hybrid na vertical ou horizontal.

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No frontal do Hybrid 140G temos a abertura vertical do lado esquerdo por onde trafega a mídia, afinal, o gravador é do tipo slot load (não tem bandeja). Na região central ficam o botão de liga / desliga no topo com led integrado, o led de acesso ao disco rígido, o led para ejetar (que só acende e fica disponível se tiver uma mídia no drive e indica o local do painel que é sensível – ao invés de ter um botão) e o logo HYBRID.

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Ao instalar o Hybrid na posição horizontal, os dois últimos leds “giram” para facilitar a leitura pelo usuário.

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No lado direito, temos primeiro o leitor de cartões e seu único slot (compatível com SD, SDHC, MMC, Memory Stick, Memory Stick PRO e xD-Picture (tipos M e H), duas portas USB 2.0 e uma saída para fone de ouvido (conector de 3,5mm).

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Partindo para a parte de trás temos o seguinte: uma ventoinha de 5cm com um botão de conectividade (para sincronizar um teclado e mouse sem fio), conector de energia, RJ-45 (rede onboard), HDMI (v1.2) e DVI-I (vídeo onboard), três portas USB e uma Firewire (mini)ao lado, saída S/PDIF óptica, duas conexões de 3,5mm do áudio onboard (saída de áudio e microfone), o suporte para um trava do tipo Kensington e a etiqueta de identificação.

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O conector do adaptador de energia, que vai ligado ao Hybrid, tem um anel com iluminação azul que indica se realmente energia está sendo suprida. Coisa básica, muito bem implementada e de valia.

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O Studio Hybrid 140G em ação

Para iniciar minha experiência, montei o Studio Hybrid em um cantinho de minha mesa e já fui ligando. Menos de 10 minutos depois e monitor, teclado, mouse, caixinhas de som e o Hybrid já estavam prontos para a largada. Como o Hybrid apenas tem três portas USB no painel traseiro, o usuário terá apenas as duas portas frontais à disposição, visto que teclado, mouse e caixas de som utilizam esta interface.

A iluminação do painel frontal é normal, bem diferente de alguns gabinetes com leds de alta luminosidade. Menos de 2 minutos e a tela do Windows Vista já aparece, pedindo é claro, o nome do usuário, oferecendo opção para ajustar dia e hora e concordar com os contratos da Microsoft e da Dell. Logo após este processo, o Windows dá início ao procedimento de “Verificar o Desempenho do Computador”.

Não se preocupe: alguns minutos e tudo está pronto para a tela inicial (logon). Feito o logon, o sistema Prepara a área de trabalho. Mais uns 3 minutos e aparece agora um contrato do software da Dell. Um novo equipamento foi encontrado e precisa de driver, mas pelo visto é só o monitor. Menos de 6 minutos depois o sistema já está com o desktop carregado e pronto para trabalhar pela primeira vez (até que enfim a luzinha do disco rígido começou a ficar mais tempo apagada do que ligada).

E agora? Deixe-me conferir a pontuação do Windows Vista Ultimate SP1: 3,5… sendo 5,1 para o processador, 4,7 para a memória, 3,5 para elementos gráficos e gráficos de jogos e 5,1 para o disco rígido. Não é nenhuma novidade a parte gráfica ser fraca, vide a GPU utilizada (Intel GMA X3100). Aliás, lendo o manual (sim, Gizmo é do tipo que lê o manual dos produtos – e o do Hybrid é relativamente bem escrito) vi que não é possível utilizar dois monitores ao mesmo tempo com o Hybrid e que se conectar ambas interfaces (DVI e HDMI), a DVI tem prioridade e o monitor com a conexão HDMI ficará a ver navios. Este é um ponto negativo. Segundo a Intel, o GMA X3100 utiliza a tecnologia DVMT 4.0 (Dynamic Video Memory Technology), onde pode alocar até 384MB da memória RAM para o vídeo integrado.

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Agora vou verificar o desktop para ver o que o a Dell vai “xuxando” no computador, tirando o Office 2007 que eu escolhi. Temos os seguintes programas:

– Google Desktop;
– Dell Dock, com atalhos para vários programas e suporte da Dell;
– McAfee Security Suite (que contém os módulos Privacy Service, Anti-Spam, Personall Firewall, VirusScan e Security Center).

Analisando o Painel de Controle, parte de Programas e Recursos vejo que temos também:

– EDocs;
– GoToAssist;
– MediaDirect;
– MediaButtons;
– Java 6 Update 7;
– Roxio Creator DE;
– Dell Support Center;
– Adobe Flash Player ActiveX;
– Browser Address Error Redirector da Dell;

Nem tudo de ruim, boa parte faz parte do kit básico da Dell, mas seria bom a Dell avisar antes de eu fazer o pedido o que vem instalado do que eu ter que descobrir utilizando e procurando. Outro detalhe importante: o disco rígido está particionado em dois, sendo a partição D: reconhecida como Recovery, com 9,83GB ocupados do total de 14,9GB.

Boa notícia foi que ao verificar as especificações técnicas (próximo tópico), percebi que a rede Ethernet 10/100 prometida pela Dell pelo visto recebeu um upgrade para Gigabit. Dell, Dell, Dell, vamos acertar as especificações no seu site?

Vamos para a parte de atualização. McAfee foi o primeiro e logo depois foi o Windows. De atualizações importantes foram 23, totalizando 54,2MB. Depois foram mais 3 (opcionais), 6 dos extras do Ultimate e as mais de 30 opções de idioma eu deixei para nunca (heheheh).

Rodei um vídeo básico em alta definição (1.920 x 1.080, com meros 10Mb/s) e o vídeo onboard não engasgou. Pena que filmes que são realmente em “alta definição” (como os Blu-ray que normalmente ficam na faixa de 30 ~ 50Mb/s) requerem um ótimo sistema e, pelo que vi em alguns fóruns, os usuários já relataram que para isso o Hybrid não é muito bom, mesmo com o módulo Broadcom que auxilia nesta tarefa (incluso caso você opte pelo Combo com Blu-ray).

O leitor de cartões é uma mão na roda e tem fácil acesso além de suportar os mais comuns padrões como SD e MS. Dois cartões SD que eu tinha em mãos (Corsair 133x e 2GB e Sandisk Extreme III SDHC 4GB) foram identificados rapidamente e funcionaram sem problemas.

Tive o azar de contrair um Cavalo de Tróia durante minhas navegações pela internet. O McAfee, apesar de ter identificado e mandado para a quarentena o pentelho, não conseguiu impedir seus efeitos (tela azul sempre que reiniciava o sistema). Neste momento pensei: ótima hora para testar a mídia de recuperação. O bios já estava configurado para iniciar pelo drive óptico e a reinstalação do Windows demorou uns 40 minutos. Claro, depois da instalação, nada de programinhas, apenas o Windows peladinho. É preciso fazer uso das mídias de aplicativos e drivers que a Dell enviou (ou baixar as versões mais novas). Infelizmente, programas como o Google Desktop, Dell Dock, Adobe Flash, Java Runtime e McAfee não estão nestas mídias. Tudo bem, você pode fazer o download da maioria em seus respectivos sites, mas seria bom a Dell colocar pelo menos os links e indicar o software que vem pré-instalado no Studio Hybrid. O Dell Dock, por exemplo, tem até um website próprio com um tema “Verde” disponível.

O CD com os drivers não é dos mais inteligentes. Você tem que clicar no determinado driver, que será copiado para o seu disco rígido, descompactado e depois é que ele dará início à instalação. Isso deve ser feito com todos os que se aplicam a seu sistema. Não dava pra Dell criar uma instalação automatizada de todo o pacote de drivers e software que estão no CD?

Interessante e com boas opções é o programinha Dell Support, que contém informações sobre seu sistema, a etiqueta de serviço e links para download de drivers e suporte da Dell.

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O que mais pesa contra o Hybrid é o desempenho, visto que há literalmente um coquetel molotov neste pequeno computador na configuração que tinha em mãos: Windows Vista + disco rígido de 2,5″ e 5.400rpm (adicione aí também vários programinhas de inicialização que retardam o início do sistema). Até nos benchmarks o disco rígido teve um desempenho inferior no Windows Vista em relação ao Windows XP. Passando isso, o sistema é relativamente adequado para internet e email, música, alguns vídeos e por aí vai, mesmo com um usuário multitarefa básico.

Em termos de ruído, o Hybrid é silencioso (lembre-se, silencioso, e não livre de ruídos) se você faz o básico. Se partir para uma multitarefa ou uma tarefa um pouco mais exigente, a ventoinha entra com a (pelo que notei) terceira marcha e em um ambiente com baixíssimo ruído, você a notará (apesar dela não irritá-lo). Colocando o Hybrid para espremer laranja, a ventoinha entra na quarta e mais alta marcha e aí começa a ficar irritante o barulho. Claro, não é nada comparado a uma ventoinha Tornado (e seus 55dB em média), mas para quem comprou o Hybrid pensando em não notá-lo além da beleza e funcionalidade… ficará desapontado. Ainda bem que esses casos de quarta marcha são raros e pelo visto não é uma situação que a Dell acredite ser comum no usuário do Hybrid.

Interessante também nesta parte é que, para manter tudo no mais baixo nível de ruído, a Dell permite que o interior do Hybrid fique bastante quente, assim como os componentes. Mas como oferece até 4 anos de garantia (1 ano no plano básico, até mais 3 anos opcionais), acredito que pelo menos por este tempo o usuário estará a salvo.

Para ver até quanto o sistema permite ao processador chegar, utilizei o programa OCCT 2.0. Com uma temperatura ambiente de 24ºC, o processador atingiu um máximo de 80ºC (o RealTemp sempre apresentava uma diferença de +15ºC).

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Tive um pouco de trabalho para acostumar foi com o layout do teclado, que tem as teclas direcionais mais próximas das teclas Shift e Ctrl e o grupo HOME-DELETE-END-PAGE-INSERT diferente do padrão, afinal, mais da metade deste artigo eu estou escrevendo neste sisteminha.

As caixinhas de som são muito boas por sinal, e dependendo do áudio reproduzido, dá pra fazer um barulhinho sem muita distorção. O mouse também não decepcionou: funciona muito bem e tem ergonomia adequada.

Utilizei um wattímetro (Kill A Watt) para verificar o quanto o Studio Hybrid (ou melhor, o seu adaptador de energia) puxa da tomada. Deixando o sistema com teclado, mouse e caixa de som, sem fazer nada no Windows Vista, a média pairou em 25W. Já a toda carga, chegou a 65W. Uma pena foi ver o baixo valor do PF (Power Factor – Fator de Potência), que ficava na média de 0,55.

Se você quiser ver alguns benchmarks do Studio Hybrid, clique aqui (PDF).

 

Especificações Técnicas

Então, no final das contas, qual a configuração específica deste Hybrid? Aqui vai:

– Áudio integrado com codec Realtek ALC888;
– Temperatura de operação varia de 10 ~ 35ºC;
– Sistema operacional Microsoft Windows Vista Ultimate SP1 32bits;
– Interfaces USB 2.0 (cinco portas) e Firewire 400 (uma mini porta);
– Rede Ethernet Gigabit (PCI Express) com chip Realtek RTL8168/8111C;
– Chipset northbridge Intel GM965 e southbridge Intel ICH8M-E (ICH8M segundo o manual);
– Processador Intel Core 2 Duo T5850 (Meron – 2,16GHz – 65nm – Socket P – M0 – 667MHz – 2MB L2);
– Disco Rígido Western Digital Scorpio Blue WD2500BEVT (250GB – 5.400rpm – SATA 1,5Gb/s – 8MB – NCQ);
– Dois módulos de 1GB de memória DDR2 667MHz em Dual Channel, 5-5-5-15, Hyundai HYMP112S64CP6-Y5;
– Rede sem fio com suporte aos padrões 802.11b/g e Draft N através de módulo Dell 1505n, com chip Broadcom BCM43XNM;
– Placa de vídeo integrada com GPU Intel GMA X3100 @ 500MHz, 8MB de memória (até 384MB com DVMT 4.0), DirectX 9.0c, Shader 3.0, OpenGL 1.5 e suporte para a tecnologia Clear Video;
– Gravador de CD e DVD TSSTcorp, modelo TS-T633A (SATA – 2MB); Leitura de CD / DVD @ 24 / 8x – Gravação de CD-R / RW @ 24x – DVD+-R @ 8x – DVD+R / -R @ 8 / 6x – DVD-RAM @ 5x – DVD Dual Layer @ 6x.

Um aviso para quem quer fazer upgrade no processador: pelo que me foi informado pelo Suporte Técnico da Dell do Brasil, qualquer Core 2 Duo é suportado pelo Hybrid 140G, ou seja, você pode colocar até um modelo de altíssimo desempenho como o T9600 (2,8GHz – FSB 1.066MHz – 45nm – 6MB L2 – 35W), apesar do Gizmo discordar, visto que o chipset GM965 não suporta FSB além do 800MHz e a Dell dos EUA não oferece nenhum modelo com FSB de 1.066MHz. Nem pra Dell ter uma Lista de Processadores Suportados disponível no site, como fazem os fabricantes de placas mãe…

Vamos partir para a parte interna do Hybrid. Na base dele, há um parafuso que precisa ser removido para podermos retirar o acabamento de bamboo.

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Depois disso, há um parafuso na parte traseira (logo acima do furinho que dá suporte a uma trava Kensington), que irá permitir a retirada da tampa lateral, dando acesso ao interior. Ao retirarmos a tampa, o que vemos é pouca coisa em termos de hardware.

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Agora precisamos retirar um parafuso que está bem próximo ao buzzer e puxar a alça deste módulo. Voilá: três parafusos e você tem acesso ao interior do Studio Hybrid. Com certeza é ótimo ver um fabricante fazer um sistema fácil de abrir (e fechar).

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O módulo que você retirou tem um pequeno sistema para a iluminação do logo da Dell na lateral além de acomodar o disco rígido e o drive óptico. (que não suporta mídia de 8cm) Todos estes três componentes estão conectados à placa mãe através de uma pequena placa e sua interface. Bastante engenhosa essa solução.

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Olhando para o interior podemos ver as memórias (dois slots), logo ao lado está o módulo Dell 1505n, logo abaixo está o slot para o módulo Broadcom (BD) e à esquerda temos o dissipador que refrigera chipset e processador.

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A ventoinha de 5 x 2cm provê não só fluxo de ar para o dissipador, mas também funciona como exaustora do sistema (apesar de, até na mais alta velocidade, o fluxo de ar ser muito pouco). Olhando para o painel traseiro podemos ver que um pequeno módulo provê algumas das várias conexões do “espelho ATX”.

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Olhando para a parte do painel frontal, há vários cabos (todos muito bem organizados) e suas respectivas mini plaquinhas que provêem os leds e botões frontais. É notável a bela integração feita pela Dell no interior do Studio Hybrid. Com certeza o usuário que mexe com upgrade agradece.

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Acima é possível conferir o processador e chipset (com seus núcleos iguais a um espelho), visto que o dissipador foi removido. Abaixo está o dissipador já com as interfaces térmica de fábrica removidas.

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Customizando

Fiz o teste para um pequeno e fácil upgrade: memória. Um kit Corsair de 4GB (2 x 2GB) e 800MHz. Já sabia que a memória iria funcionar apenas a Dual Channel 667MHz, afinal, é o máximo suportado pelo chipset Intel GM965. Uma parte ruim é ver que o bios é muito espartano, sem nem uma opção para configurar a memória (como as latências). Fora isso, as memórias funcionaram perfeitamente e passaram no teste de sistema, item valioso que já vem integrado no bios do Studio Hybrid.

Voltando ao bios, uma importante opção é habilitar e desabilitar o modo AHCI da controladora SATA, facilitando assim a instalação do Windows XP (sem ter que integrar o driver SATA). Outra opções envolvem ligar/desligar a iluminação do logo da Dell nas laterais, a rede integrada (e o Boot ROM), áudio integrado, a tecnologia Intel SpeedStep (do processador) e a controladora USB. O usuário pode alterar também os modos ACPI (S1 e S3), o Auto Power On, AC Recovery e o modo acústico do disco rígido (ByPass, Quiet e Performance), além de outras opções como a ordem de Boot.

Depois veio o upgrade que eu queria fazer: instalar o Windows XP (mantendo o software todo original, utilizando o downgrade do Windows Vista). Primeiro eu verifiquei se conseguiria todos os drivers necessários. Chipset (northbridge e southbridge) e o vídeo integrado da Intel são os mais fáceis: basta visitar o Download Center da própria Intel. Driver da rede e do áudio também foram fáceis pois a Realtek também os disponibiliza em seu website.

Os problemas começam quando encontramos, por exemplo, equipamentos “Dell”. Primeiro desafio foi encontrar o driver da placa de rede sem fio 1505n. Encontrei um notebook Dell que utilizava esta plaquinha e o Windows XP. Mesmo assim, para ter realmente certeza que o driver vai funcionar, só testando (eu testei e funcionou perfeitamente). Com outros programas da Dell como o Support Center, a sorte bateu à minha porta pois eram compatíveis com Windows Vista e XP.

Instalei o Windows XP para iniciar os testes com os drivers, mas ainda faltou o Dell0100 Proximity ACPI. O principal propósito deste driver (e seu aplicativo), pelo que vi depois de muita pesquisa e sorte (veja mais detalhes no próximo tópico), é que ele comanda o led frontal de ejeção da mídia do drive óptico. Sem ele, sem “botão de ejeção”. Apesar deste driver e seu aplicativo apenas serem compatíveis com o Windows Vista (informação dada na própria página da Dell), tentei instalar eles no Windows XP e deu certo.  Mas durou pouco. Algumas reinicializações e há um problema com o antivírus e alguns serviços do Windows. Resumindo: Hybrid Studio + Windows XP = No no no para botão de ejeção.

O terceiro upgrade que tentei foi o que eu mantive (além do Windows XP.) Troquei o disco rígido Scorpio Blue de 5.400rpm e 250GB por um Scorpio Black de 7.200rpm e 320GB. O ganho no desempenho é perceptível e muito bem vindo. Se o usuário quiser manter o Windows Vista em seu Hybrid, minha sugestão é que faça a troca do disco rígido o mais rápido possível.

Abaixo você pode ver duas fotinhas que eu gostaria de compartilhar, para mostrar com um pouco mais de detalhes as dimensões (L x A x P) do Studio Hybrid (7,15 x 22,4 x 21,15cm) frente a um Shuttle XPC SX38P2 Pro (22 x 21,8 x 33,9cm) e um gabinete Silverstone TJ10 (21 x 53 x 65cm).

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Veja que com o aumento do tamanho do gabinete (e claro, o seu peso), maior é a capacidade de expansão, a liberdade na escolha das peças e claro, o desempenho máximo que pode ser alcançado.

 

Los Problemas

Primeiro foi o botão de ejetar a mídia do drive óptico. O led deste botão fica acesso sem mídia alguma no drive e normalmente fica apagada com mídia no drive. O mais irritante foi ver que, sempre que eu apertava o led (salvo algumas vezes quando eu estava no POST), o mesmo piscava umas quatro vezes e a mídia não saía. Pelo menos o Windows permite ejetar a mídia pelo Meu Computador.

Segundo foi um dia, quando tentei ligar o Hybrid, nada aconteceu. Apertei o botão de liga/desliga novamente e nada. Conferi as tomadas e as conexões. O adaptador de energia estava fornecendo energia normalmente. Apertei mais umas 4 vezes o botão de liga/desliga. Nada. Desisti então e fui mexer em minha máquina. Por volta de 20 segundos depois, o Hybrid ligou. Eu hein… Reportei essas duas situações para a Dell e a resposta foi:

“Pedimos que siga usando o equipamento normalmente e nos informe caso aconteça de novo. respondendo sua pergunta, não é defeito.”

Detalhe: a teceira pergunta que fiz ao suporte, nem ao menos foi respondida (perguntei onde encontro o software Dell Dock, que não vem nas mídias de instalação que acompanham o Hybrid e nem estava na página de downloads da Dell). Depois de uma pesquisa é que eu encontrei o site do Dock.

O Hybrid apresentou duas vezes o problema de não ligar na hora, já o do POST demorar uns 25 segundos para aparecer, foram quatro. Vou congratular essas falhas como as “incríveis maravilhas que a informática nos prega”. Mas a do led de ejeção da mídia, sinto muito, essa eu vou atrás.

Liguei para o suporte da Dell e tive a sorte de pegar um atendente sem a menor vontade de ajudar e cujas respostas nada me agradaram: “você tem que apertar o botão de ejetar e aguardar… as vezes tem que apertar duas vezes para a mídia sair…”. Tentei explicar para o atendente que não era botão e sim um painel sensível ao toque que existe no Studio Hybrid, mas pelo visto ele nem sabia o que era um Studio Hybrid. Pior foi quando ele desferiu a máxima: “senhor, o que você está me perguntando está no manual. Leia o manual primeiro.” Putz grila viu, pelo visto quando o suporte está numa sexta-feira, quase às 19hs (hora de fechar o expediente), o cliente é que se f%#@-$&.

Já de saco cheio, tentei sem esperança uma última mensagem para o suporte técnico via email da Dell. Pelo visto eu comecei a dar sorte. De primeira instância, me foi pedido para testar se o led de ejetar funcionaria dentro do bios (não funcionou). Depois me pediram para atualizar o bios e instalar o driver e o aplicativo Dell0100 Proximity ACPI (que me forneceram via link no email). Agora sim descobri que é esse pacotinho de driver e aplicativo que controlam o led de ejetar. Uma pena a Dell não conseguir fazer o led de ejeção funcionar puramente no hardware, precisando também do software. E onde tem este pacotinho certificado para o Windows XP? Vai esperando meu jovem…

Um problema irritante que apareceu foi quando eu ligava o Hybrid e quatro beeps eram soados durante o POST. Contactei o suporte da Dell e (boas novas para mim, novamente), uma informação sensata e direta pedindo para eu testar os módulos de memória. Depois de ver que não eram os módulos, um agendamento para a troca da placa mãe foi feito. Marcado a data, o responsável pela troca não compareceu em minha residência. Lá se foi outra semana na remarcação. Tudo bem, chegou o dia, a placa mãe foi trocada. Percebi que o bios não salvava minhas configurações e sempre carregava o boot da placa de rede. Mesmo com a atualização do bios de 1.0.2 para 1.0.9, ele continua não salvando minhas opções. Vou te falar viu, é dose… dose… Deixe-me esfriar a cabeça.

Desliguei o Hybrid da tomada. Depois de alguns minutos, liguei ele novamente e voilá, o bios salvou as configurações agora, mas minha alegria durou pouco: os beeps continuaram. Mandei um email para a Dell e no dia seguinte um técnico veio à minha residência. Infelizmente, em ambas as ocasiões eu não estava em casa (tenho que trabalhar né). Quando voltei para casa, os quatro beeps continuavam firme e forte.

Depois de mais de 40 minutos no telefone, consegui que uma atendente de suporte da Dell escalasse meu problema. Novamente um técnico veio e trocou a placa mãe e o adaptador de energia (pelo que vi). Mas não adiantou muito. Os beeps não foram embora (apesar do sistema sempre funcionar normalmente depois do POST).  Uma  pena a garantia da Dell oferecer suporte apenas “na casa do cliente”. Na minha situação,  uma opção para mandar o computador para o fabricante seria muito bem vinda.

Fiquei por duas semanas sem notícia da Dell. Resolvi enviar um email. Novamente um técnico veio (quarta vez já) e no final, o Studio Hybrid ainda continua com os beeps (desta vez, três) durante o POST.

Só para contabilizar, já se passaram mais ou menos 50 dias depois da Dell ter respondido meu primeiro email, onde relatei o problema e até esse dia (começo de Março) ele não foi resolvido. Decidi então  ligar para a Dell e pedir a troca do equipamento por um novo, como determina o CDC  em seu artigo 18. Depois de um bom tempo no telefone, a Dell se recusou a acatar a determinação disposta no CDC. Com os documentos, emails, notas de visitas e gravações telefônicas em mãos, pedi à Dell para registrar que eu não quero agendar mais visitas e que estaria entrando na Justiça (Juizado Especial de Relações de Consumo) para dar fim a esta ensebança que estou passando. Agora é esperar pouco mais de dois meses até o dia da audiência. Assim que eu tiver novas informações eu irei atualizar esta Blogada.

Apenas uma coisa interessante: ao trocar a placa mãe, os técnicos não trocaram as interfaces térmicas do processador (um elastômero) nem do chipset (um “babaloo”). Com isso, pelo menos a temperatura do processador subiu 4º (durante carga máxima) e a ventoinha entrou na máxima velocidade bem mais rápido que o normal. Como Gizmo é curioso, retirei as interfaces térmicas e testei uma pasta térmica Arctic Silver 5. O contato do dissipador com o processador e o chipset são perfeitos e o resultado foi bom: dois graus a menos em carga máxima (do que o teste que realizei quando recebi o Hybrid), a temperatura demora um pouco mais a chegar ao valor máximo e a ventoinha também demora mais tempo para atingir a máxima velocidade.

 

Conclusão

Qualidades? O Studio Hybrid 140G é pequeno, bonito, tem estilo e consumo de energia reduzido (frente a um desktop torre). É relativamente silencioso, claro, se você não exigir muito do sistema. Praticidade fica à mostra no frontal e suas duas portas USB, saída para fone de ouvido, leitor de cartões e o gravador de CD e DVD slot load. Para tarefas que demandam menor poder computacional, como edição de texto, navegar na internet, escutar música e ver um filme em DVD, o Hybrid manda bem (dependendo da sua configuração, é claro).

Para se sair melhor em tarefas mais pesadas, é preciso equipar o Hybrid com componentes possantes (como um disco rígido de 7.200rpm (prioritário na minha opinião), 3 ou 4GB de memória, processador Core 2 Duo como os T9000…), mas aí o preço dispara e o Hybrid se torna um produto desinteressante para a maioria.

O custo do Hybrid não é dos mais atraentes se tiver uma configuração de mediana a boa e os upgrades no site da Dell nem sempre são vantagem para o cliente (algumas são uma facada, literalmente). Uma sugestão para o usuário é comparar também preços de notebooks, pois podem estar em um patamar mais interessante que o Studio Hybrid 140G. Quem sabe optar por um sistema um pouco maior, mas com maior liberdade como os XPC da Shuttle? Claro, se o Hybrid te conquistou, não há escolha.

O acesso ao interior do Hybrid foi muito bem pensado, assim como a integração e organização dos componentes. A base que permite a instalação na horizontal e vertical é interessante, assim como outros pequenos (mas importantes) detalhes: logo Hybrid e o led de ejeção de mídia rotacionarem 90º, o anel iluminado no conector de energia e o programa integrado que faz um teste no sistema.

Clique para ampliar

Múltiplas conexões no painel traseiro são muito bem vindas e todas as presentes são valiosas, mas o número de portas USB poderia aumentar um pouco visto que as três presentes irão se comprometer com o teclado, mouse e caixa de som inclusos.

O que pesa contra o Hybrid em termos de hardware? O vídeo integrado é muito fraco, seja para acompanhar o Blu-ray opcional (mesmo com o módulo Broadcom) ou para desfrutar de vídeos em alta definição. Até o uso de recursos visuais mais avançados em alguns programas ou do próprio sistema operacional (Vista) ficam sob a corda bamba.

O Hybrid não é um lançamento e já passou da hora da Dell apresentar novas versões. Outra falha a ser corrigida é que, apesar de ter duas saídas de vídeo, não é possível utilizá-las simultaneamente. Mas pelo visto este não é o foco da Dell, assim como a Dell espera que uma pessoa não vá utilizar por médio ou longo período o Studio Hybrid com o máximo desempenho (devido ao projeto de refrigeração). Mais um ponto negativo está no sistema operacional: não há opção para Windows XP (nem ao menos os drivers estão disponíveis) e pelo visto o Vista de 64bits não virá tão cedo (se é que vai vir algum dia).

O pacote de software nas mídias de reinstalação deveria ser completo, afinal, para reinstalar o Windows Vista, o usuário irá dar falta de programas como o Dell Dock, suíte de segurança e Google Desktop, por exemplo (apesar de você poder fazer o download destes aplicativos em seus respectivos websites). Eu gostei do fato da Dell não cometer o erro de alguns outros fabricantes, que é enviar uma mídia de restauração customizada já com os drivers e programinhas integrados. Com uma mídia só do Windows Vista, o usuário pode instalar depois somente o que quiser e utilizar drivers atualizados (apesar de dar um pouco mais de trabalho).

Outras correções que a Dell precisa fazer, de caráter de urgência a meu ver, são no sistema de compras pelo site (veja o tópico de Compras) e suas políticas de venda. Uma novidade que percebi é que agora a Dell do Brasil oferece os dois acabamentos em couro que a Dell dos EUA oferecia e o preço do upgrade de memória caiu consideravelmente dos R$1.400 para a faixa dos R$300 quando se escolhe 4GB ao invés do padrão de 2GB.

Com certeza pesa a favor da Dell o nome que tem na mídia, mas demorar quase um mês para entregar um produto é inacreditável e uma falha grave a meu ver, inclusive não informando prontamente o consumidor dos atrasos. Tive problemas relativamente pequenos com o Hybrid (botão de ejeção foi o mais irritante, depois foram os beeps) e pude conferir que o suporte da Dell, na metade das vezes, seja e-mail ou telefone, além de não responder todas as perguntas do usuário, respondeu-as mal e tentou esquivar da responsabilidade. Para conseguir uma resposta condizente com sua pergunta e que solucione o problema, foi uma batalha no meu caso. Com certeza, este tipo de (dis)serviço passa longe do nome que a empresa tem e me demonstrou que tamanho não é documento.

Se o Studio Hybrid ganhasse uma nova versão (baseado nas sugestões abaixo), tivesse o preço reduzido e o suporte ao cliente melhorasse, com certeza seria uma boa opção.

 

Sugestão para a Dell

Tudo bem, Gizmo pode ganhar de 100 a 1000 vezes menos por mês do que o pessoal da Dell (pelo menos dos EUA) que desenvolveu e vende o Studio Hybrid, mas, o que custa escutar o Gizmo? Aqui vão as sugestões para o produto em si:

Criar a versão 150X (prioritária), que terá:

– Porta e-SATA no painel traseiro;
– Pelo menos mais uma
 porta USB no painel traseiro;
– Opção de upgrade para um um adaptador bluetooth v2.0 + EDR interno;
– Opção de upgrade para disco rígido de 250 / 320GB de 7.200rpm e 5.400rpm de 400 / 500GB;
– Disponibilizar para download os drivers dos componentes caso o usuário deseje utilizar o Windows XP;
– Oferecer como opcional um controle remoto que tenha o receptor já integrado no painel frontal do Hybrid (ótimo para ter o Studio Hybrid como um HTPC);
– Como padrão, tirar o chipset Intel com vídeo integrado GMA X3100 e utilizar o chipset Intel GM45 com vídeo integrado GMA4500 ou NVIDIA com vídeo integrado GeForce 9400M (que irão oferecer melhor desempenho gráfico (inclusive para os filmes em Blu-ray), suporte para os processadores Core 2 Duo com FSB de 1.066MHz e DDR2 de 800MHz.

Criar a versão 260EX (interessante) que, teria o que a 150X oferece e mais:

– Suportar não um, mas dois discos rígidos de 2,5″;
– Opção de chipset Intel PM45 ao invés do NVIDIA;
– Conexão no painel traseiro para antena(s) externa da placa de rede sem fio (maior alcance);
– Essa versão teria um chassi mais largo para conseguir acomodar o slot PCI Express 16x v2.0 mobile, para uma placa de vídeo MXM ou similar, que ofereça no mínimo uma saída HDMI (v1.3) e uma DVI (Dual Link). (Neste caso, a Dell pode começar a comercializar essas placas (e seu sistema de refrigeração, se necessário) para futuros upgrades). A placa de vídeo (MXM ou similar) deve atender o entusiasta, ou seja, oferecer opções com a série GTX 200 ou Mobility HD 4800 (se fosse nos dias atuais).
– Com o chassi mais largo, o sistema de refrigeração poderá ter uma ventoinha maior (que seria capaz de prover bom fluxo de ar) e com o espaço a mais no painel traseiro, a inclusão de mais duas portas USB e uma Firewire de 6 pinos será muito bem vinda.

Comentários

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19 comments

Muito bom o post ein, o case dele lembra um de Xbox 360 ^^ mas no caso seria só pelo estilo mesmo, mas eu continuo preferindo um torre 4 baias 😀

Parabéns ae
muito bom mesmo

Caros amigos, algguem poderia me indicar uma placa USB de tv, para eu ligar a Net tv no Hybrid?
Desejo ver TV no Media Center.

Obs. Uso saida HDMI no projetor.

Obrigado
edas@lopasa.com.br

Muito bom os comentários.
Comprei um Hybrid (antes de ler seu blog…) e estou arrependido: o objetivo era liga-lo a uma TV full-hd e ver filmes em HD e blu-ray (comprei com blu-ray).
Está uma M…. Trava o blu-ray todo o tempo e os filmes em HD que baixo tambem ficam “pulando”.
O help-desk da dell já trocou a placa mae/video reconfigurou tudo e continua igual…
Estou brigando com eles e vou devolver se não solucionarem.
Talvez devesse ter comprado um apple…

Comprei um DELL HYBRID e gostei de seu desempenho. Porém, sua placa de vídeo deixa a desejar. Gostaria de saber se é possível colocar nele uma placa de vídeo mais podente? Uma g-force, por exemplo.

Atenciosamente,

Déner

Dener, não é possível colocar uma placa de vídeo no Hybrid visto que não há slots para expansão da parte gráfica.

Se existisse (não existe hoje) um Hybrid com placa mãe similar a este modelo, mas com vídeo onboard mais possante, aí seria possível alterar o vídeo do seu modelo, mas somente trocando a placa mãe.

Cara comprei o hybrid nos EUA e perdi a fonte, preciso de uma urgente!!!Me AJUDEM POR FAVOR!!!

Gostaria de encontra cabo e adaptador de energia para studio hybrid.

Caio, Ronan, vocês já tentaram adquirir uma adaptador de energia diretamente com a Dell no Brasil?

Se não conseguirem, ou for muito caro, vocês podem tentar utilizar um adaptador de energia para notebook (tem vários no mercado, mas procurem um que tenha especificações compatíveis com a entrada de energia do Hybrid, e claro, com conector de energia igual ao do Hybrid), visto que o Hybrid tem potência de 65W (o que não é tão elevado assim) e normalmente utiliza os componentes de notebook).

Na WAZ tem alguns modelos nesta página: http://www.waz.com.br/_produtos/?ca=77489&l=0

Gente, comprei um Hybrid sem monitor é a minha imagem está totalmente desconfigurada…meu monitor é de LCD da PHILLIPS…existe algum cabo ou configuração para melhorar a imagem?

Fernanda,

Verifique qual a resolução nativa de seu monitor. Pode ser que nas “Propriedades de Vídeo” do seu sistema operacional, a resolução selecionada esteja abaixo da resolução nativa do monitor, o que irá fazer com que a imagem não fique “perfeita”.

Se você estiver utilizando um adaptador DVI > VGA para conectar o seu monitor, veja também se apertar o botão AUTO em seu monitor (ou selecionar a opção “Ajuste Automático de Imagem” no menu do monitor (se ela estiver disponível) pode ajudar.

Matéria super interessante, apesar de que o hardware similar a um notebook (visto os processadores série T) me deixam “cabreiro” para investir 1500 folhas nessa pequena jóia.
Agora, pra quê usar seu nome em 3ª pessoa? Que mania estranha de Geek! Conta para o Tiago o porquê disto? rsrsrsrs

Abraços!

Tiago,

é simplesmente porque o Gizmo é diferente… por que não? 🙂

Eu configurei o meu na Dell com monitor de 22”,Hd de 320 giga,4 giga ram,porém sem Blue ray.

Será que vale a pena ou melhor comprar um notebook com configuração parecida.
Obs: Quero para filmes,musicas muitas musicas e internet.

Fernando,

Há vantagens e desvantagens em um e outro, e tudo depende de suas necessidades. Primeiro temos a diferença no uso (devido ao design) de teclado e mouse no notebook e no hybrid (que é um desktop basicamente).

O notebook é portátil e tem mobilidade, mas como tem o display integrado, você terá que adquirir um monitor se achar que o tamanho da tela não te satisfaz.

Basicamente, em termos de áudio (para músicas), ambos são similares: você terá que investir em uma caixa de som boa para ter bom áudio (apesar da caixa de som padrão da Dell não ser tão ruim como as genéricas que tem nos computadores baratinhos). Se quiser um áudio de melhor qualidade, terá que optar por uma placa de som USB ou, se o seu note suportar, PCMCIA ou Express Card.

Para filmes que não sejam a lá blu-ray ou similar (em termos de qualidade), tanto o notebook quanto o hybrid deverão dar conta, mas aí o tamanho do monitor/display é que irá influenciar a sua experiência.

Em termos de internet, ambos estão no mesmo nível pois oferecem no mínimo uma conexão a cabo e outra sem fio para você se conectar ao seu modem/roteador.

Basicmanete esses são alguns pontos a considerar… 🙂

Prezados,

Também tenho um Hybrid que funciona perfeitamente mas soam 4 beeps ao ligar (parece 1 + 3).
No site da dell não acho a BIOS beep codes para o hybrid – outros modelos estão disponíveis.
Dos leitores, postem quantos beeps são soados quando o micro é ligado. Como funciona perfeitamente, este problema poderia estar relacionado a algum recurso suportado pelo chipset e que não tem porta de saída – por exemplo teclado PS2? os beeps poderiam ser um “keyboard error” simplesmente, mas que a bios ignora e continua o boot?

Marcelo,

realmente é frustrante o fabricante não informar, assim como faz em diversos outros modelos, o que significam os beeps, que podem também informar falha no chipset, memória e assim por diante.

Infelizmente o jeito é tentar conversar com um técnico avançado do suporte da Dell (ou seja, fazer um pequeno milagre).

Gizmo,

Você está usando a BIOS 1.1.0? se sim, e tiver 4GB de ram, poderia me informar o quanto a BIOS reporta como RAM utilizável? a minha limita a 3.32GB.

Entretanto o Dell Diagnostics encontra o resto da RAM, testa e reporta como OK.

Postei os Beeps http://en.community.dell.com/forums/t/19324240.aspx

veja se sào iguais aos seus.

obrigado

Quanto a questão dos beeps… descobri em vídeos na internet que ou o modelo realmente dá varios beeps no POST ou então muitos têm o mesmo defeito.

Como eu duvido desta coincidência, para mim o suporte local (assim como vários suportes locais) não sabem nada sobre o produto, talvez nunca o tenham visto funcionando, apenas “cumprem o manual”

Gizmo,

Tenho um Dell Studio Hybrid que sempre esteveligado em uma tv. Agora quero liga-lo a um monitor LCD 20,5 2036VA Widescreen da AOC. Acontece que na minha TV eu usava o cabo HDMI. Agora, quero usar o DVI nos dois aparelhos (no monitor nao tem HDMI) mas esta dando “no signal” na tela.

Vou ter que comprar um adaptador HDMI (para o Dell) x VGA?

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