Você está tão atrasado para o trabalho ou faculdade que só dá tempo de sair correndo e pegar o carro, sem nem conseguir tomar o café da manhã ou ver os acontecimentos do dia. Ou então, você está preso em um engarrafamento e fica horas acelerando e freando seu veículo num espaço de centímetros, sem poder se concentrar em mais nada.
Muitos se identificarão com essas situações em que o tempo perdido é certo, por não se ter opção senão focar unicamente em dirigir. Afinal, o botão de piloto automático é algo que existe apenas em aviões e no Batmóvel, certo?
Não exatamente.
Não é feitiçaria, é tecnologia!
Conheça os carros autônomos, veículos que dispensam o comando do homem e já estão em fase final de desenvolvimento. Controlados por sistemas avançados de computador e equipados com uma complexa combinação de sensores, como câmeras, GPS, radares e lidar (tipo de radar que funciona com lasers e pulsos de luz), os carros que dirigem sozinhos são capazes de mapear e monitorar o ambiente à sua volta, reagindo à ele automaticamente.
O grau de detalhamento impressiona: além de identificar os caminhos de navegação mais apropriados, eles são capazes de reconhecer limites de estrada e marcações de pista, ler sinalização de trânsito e luzes de tráfico, distinguir pedestres e evitar obstáculos. Seus mapas atualizam-se automaticamente, assim como seu conhecimento sobre a situação do trânsito. Assim ele pode evitar obras, trechos com engarrafamentos e locais com pistas em mal estado.
Uma relação melhor com o trânsito
Há projeções otimistas acerca das vantagens que os carros autônomos poderão trazer. Você se lembra do começo do texto, quando falamos da impossibilidade de se fazer outras coisas estando atrás do volante? Em um veículo desses, o motorista poderá ser mais produtivo, podendo se preparar para uma reunião no trabalho, estudar para a prova ou simplesmente se distrair no Facebook enquanto seu automóvel fica no anda/para diário, sem correr o risco de provocar algum acidente.
Falando em acidentes, a segurança no trânsito também deverá melhorar. Por se tratar de um sistema controlado por computador, a precisão nas decisões e reações é maior do que em um veículo sob comando humano. Isso significa menos batidas e, consequentemente, menos mortes.
Outro cenário que sofrerá mudanças é o da acessibilidade. Idosos, portadores de deficiência visual ou de quaisquer outras limitações físicas poderão ocupar o banco do motorista e irem para onde quiserem, pois quem estará realmente na direção é o próprio veículo.
Passado e futuro
O primeiro carro sem motorista data de 1926. Não se tratava exatamente de um modelo autônomo, mas o Phantom Auto, construído pela extinta Achen Motor, era controlado via rádio, por impulsos enviados por outro veículo que seguia logo atrás.
Nas décadas seguintes, os protótipos de carros autônomos foram se aperfeiçoando, mas somente nos últimos anos a tecnologia evoluiu a ponto de permitir a comercialização de modelos desse tipo. As montadoras alemãs Mercedes-Benz, BMW e Audi aparecem na vanguarda para colocarem seus automóveis autônomos no mercado num futuro próximo, assim como a empresa norte-americana Google, gigante da internet que tem em desenvolvimento seu próprio projeto de carro sem motorista.
Será esse o início do fim para domingueiros e rodas-duras? Esperamos que sim!
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