Computadores de vestir: smartwatches, google glass e o futuro

Esqueça os CPUs, monitores, mouses e teclados. Esqueça também os notebooks e tablets. Os computadores, que já invadiram os celulares sob o formato dos smartphones, continuam sua evolução e, agora, miram outros itens do nosso uso diário. Relógios e óculos reúnem cada vez mais funções de processamento de dados e apontam que, no futuro, a tecnologia irá servir não apenas para ser utilizada, mas também vestida.

A hora dos relógios inteligentes

Os smartwatches, ou relógios inteligentes, já estão no mercado. Há modelos que permitem conectar-se à internet, utilizar redes sociais, rodar aplicativos, realizar chamadas, tirar fotografias e reproduzir rádios e canais multimídia digitais. A evolução destes relógios segue em um ritmo rápido puxado pelo investimento de grandes companhias como Google, Apple, Microsoft, Samsung, LG e Sony. Provavelmente, enquanto você lê este texto, novos modelos devem estar sendo lançados no mercado com diferentes funcionalidades e possibilidades inovadoras.

A verdade é que os smartwatches  são uma promessa no mercado há um certo tempo.  Em 2003, a Microsoft já havia desenvolvido a tecnologia Smart Personal Object Technology (SPOT), para personalizar itens do dia-a-dia. Essa tecnologia foi implantada nos primeiros smartwatches em 2004, desenvolvidos por fabricantes como  Fossil, Inc. e Suunto, dentre outros. Entretanto, os modelos não vingaram no mercado. 

Acontece que, agora, na avaliação de diversos especialistas em tecnologia, a popularização dos smartphones, a difusão das coberturas wireless, 3G e 4G, e também o avanço no do desenvolvimento de componentes de tamanho reduzido caracterizam a hora ideal para o sucesso dos relógios inteligentes. Segundo o analista de consumo Avi Greengart, 2013 é um ano ideal para que as empresas lancem smartwatches no mercado. (link)

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Em um futuro próximo, a aposta é que estes itens irão incorporar ainda mais funções, servindo como extensões tecnológicas de atividades cotidianas, como, por exemplo, a prática de esportes. Há um filão no mercado para relógios que monitorem a realização de atividades físicas com insights sobre a prática correta dos exercícios, alimentação adequada e mesmo controle de indicadores como pressão, frequência cardíaca e colesterol.

As previsões são também que os smartwatches operem cada vez mais integrados a outros dispositivos, como PCs, notebooks, televisores, tablets,smartphones e mesmo eletrodomésticos inteligentes, como refrigeradores com conexão à internet ou sistemas de iluminação domiciliar controlados por computador.

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A menina dos olhos do Google

Ainda em fase de teste, o Google Glass –o óculos tecnológico da Google, é tido como a maior inovação em inovação tecnológica para o dia-a-dia. Não é para menos. A proposta do equipamento é conectar o mundo real ao virtual através de operações simples como piscar de olhos ou comandos de voz, tudo isto enquanto sobrepõe informações digitais à sua visão.

As possibilidades são muitas. Há desde aplicativos mais práticos, por exemplo, que apontem preço, valores nutricionais, datas de validade e informações de fabricação de produtos no supermercado, a interações mais complexas, como reconhecimento facial com integração instantânea às redes sociais da pessoa visualizada. Imagine conversar com seu amigo em um bar ou restaurante enquanto confere o que ele compartilha de informações no Facebook, Twitter, Instagram etc.?

Entretanto, há quem aponte que o sucesso do Google Glass está condicionado à qualidade dos aplicativos que forem desenvolvidos para ele e que ainda não há programas que explorem todo o potencial do equipamento – algo compreensível, visto que ainda se encontra em fase de testes. Os óculos da Google também vêm despertado questionamentos sobre privacidade e veiculação de imagem, visto que eles tornam difícil separar o que o usuário vê do que ele compartilha no mundo virtual.

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Segunda pele tecnológica

Talvez, desde a invenção dos relógios de pulso, o homem foi seduzido pelo desenvolvimento de próteses tecnológicas para solucionar ou facilitar atividades rotineiras. Os celulares, que começaram a se popularizar na década de 1980, não são mais que um desdobramento dessa forma de pensamento. Mas foi com o desenvolvimento dos computadores e, sobretudo, com a evolução de micro-processadores e componentes cada vez menores, que as soluções tecnológicas ganharam liberdade para invadir praticamente qualquer item do dia-a-dia.

As apostas para o futuro são muitas. Já existem roupas inteligentes que repelem a sujeira, outras que filtram raios nocivos à saúde humana, há projetos de tecidos bactericidas para serem empregos em hospitais e mesmo peças que tocam músicas e emitem luz, para lazer ou performances artísticas. As mesmas possibilidades valem para calçados, chapéus, joias e mochilas, dentre outros.

Na visão de muitos analistas, nós caminhamos para uma era pós-PC, na qual o processamento de dados estará “embutido” em praticamente todos os objetos cotidianos, tornando a computação invisível e, ao mesmo tempo, sempre ao alcance dos nossos olhos.

E você, concorda? Quais são suas apostas?

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